Conheça o projeto de criação do catálogo de métricas desenvolvido pela Incentiv.me em parceria com o Professor Doutor Fábio Pádua dos Santos
Um dos grandes desafios das áreas de sustentabilidade e ESG é justamente encontrar um padrão entre os inúmeros catálogos, relatórios e definições de métricas que existem no Brasil e no mundo atualmente.
Em um post anterior, nos aprofundamos um pouco mais sobre as definições de métricas e indicadores e, clicando aqui, você pode acessar o texto.
Mas, de forma resumida, métricas são “uma extrapolação de medidas, isto é, uma conclusão com base em dados finitos”. Os indicadores, por sua vez, podem ser definidos como “uma representação de forma simples ou intuitiva de uma métrica ou medida para facilitar a sua interpretação quando comparada a uma referência ou alvo”. Ou seja, um indicador é uma relação entre métricas.
Por não existir ainda um padrão, consenso ou uma autoridade que regule sobre o tema ESG e métricas de impacto social, cada organização acaba optando por um formato de mensuração de dados de projetos sociais. Por isso, existe a dificuldade do estabelecimento de um padrão e a consequente comparação entre os resultados.
Foi devido a essa preocupação que a Incentiv.me desenvolveu um catálogo de métricas por meio de um projeto de pesquisa liderado pelo Professor Doutor da Universidade Federal de Santa Catarina, Fábio Pádua dos Santos.
Abaixo, vamos detalhar um pouco mais sobre como foi o processo de criação deste catálogo e quais são os benefícios possibilitados por ele.
A criação do catálogo de métricas
A ideia primária foi unir os catálogos existentes mais conhecidos e utilizados pelo ecossistema de impacto social em um único lugar. Dessa forma, seria possível atender às necessidades das centenas de projetos sociais da base Incentiv.me.
O principal catálogo utilizado foi o IRIS 5.0 (Impact Reporting and Investment Standards), desenvolvido pelo GIIN (Global Impact Investing Network), referência internacional em mensuração de impacto social. O catálogo da IRIS, entretanto, não atendia plenamente às demandas dos projetos sociais analisados.
Com isso, suas lacunas foram preenchidas com dados de outras autoridades nacionais. Por exemplo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Data SUS (Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil), o SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), o Salic (Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura), entre outros.
Dessa maneira, todas as necessidades dos projetos existentes no catálogo da Incentiv.me foram contempladas com sucesso através da união das métricas de diversas fontes de mensuração de dados.
Conclusão
Um padrão de métricas e indicadores possibilita que vários benefícios aconteçam. Um exemplo é possibilitar que os dados de mensuração dos projetos de um mesmo portfólio conversem entre si.
Além disso, a padronização de métricas e indicadores também permite análises estratégicas e comparativas, facilitando muito a comparação destes resultados com os resultados de outras instituições nacionais e internacionais.
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Nadine Mattos Coordenadora de produto - Monitore Administradora Pública graduada pela ESAG - UDESC, especialista em Direito público.