Entenda o que é grantmaking e quais são suas contribuições para a geração de impacto.
O Investimento Social Privado, caracterizado pelo “repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais, culturais e científicos de interesse público” (GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), é uma das ferramentas fundamentais para o desenvolvimento social e sustentável do país.
Logo, através do investimento social, empresas e fundações tornam-se agentes ativos na busca por soluções para as problemáticas socioambientais e no incentivo à geração de impacto positivo para a sociedade.
Como parte de um ecossistema multi integrado que engloba empresas, fundações e terceiro setor, o Investimento Social Privado pode ser consolidado de diferentes maneiras. No entanto, uma das tendências mais crescentes no Brasil para a consolidação do investimento social é a prática do grantmaking.
Por definição, ainda que o termo não possa ser traduzido para o português, grantmaking é o financiamento de projetos sociais já existentes. Ou seja, é a ação de empresas e organizações repassarem recursos para propostas já elaboradas no terceiro setor, ao invés de criar novas e executá-las por conta própria.
Além de reduzir os custos financeiros, técnicos e laborais para a empresa, caso esta desejasse desenvolver e executar seu próprio projeto, a prática de grantmaking é capaz de potencializar o Investimento Social Privado. Assim, utilizar essa prática gera diversas vantagens para o ecossistema social.
Grantmaking e suas vantagens para o ecossistema social
Entre as contribuições do grantmaking para o repasse dos recursos privados, é possível citar alguns fatores como:
Descentralização do Investimento Social Privado
Ao fomentar projetos já existentes, empresas e fundações possibilitam que os recursos sejam destinados de forma democrática entre diferentes regiões e localidades do país. Desta maneira, o investimento não se limita às fronteiras de atuação e localização da empresa. Mas passa a contemplar uma diversidade de causas, comunidades e agentes de transformação social.
Além disso, a possibilidade de descentralização é capaz de aproximar organizações do terceiro setor e gerar uma onda de estímulo à criação de projetos em regiões menos estruturadas.
Empoderamento de organizações da sociedade civil
O incentivo, mais do que um repasse financeiro, é um ato de encorajamento às organizações da sociedade civil que buscam soluções reais para o desenvolvimento de suas comunidades e causas. Apoiar estes agentes instiga que os projetos sejam cada vez mais aperfeiçoados em níveis técnicos, de abrangência e/ou de impacto.
Assim, as organizações firmam-se como protagonistas das suas próprias comunidades, proporcionando soluções mais assertivas aos beneficiários, à causa e, também, à empresa.
Construção de redes sólidas de impacto social
A conexão com projetos elaborados pela sociedade civil viabiliza uma rede consolidada de parceria e diálogo entre agentes transformadores. A possibilidade de intersecções entre as organizações apoiadas fortalece a geração de impacto social e torna sólida a presença da empresa no circuito de investimento.
Além disso, a coletividade da rede de parceria evidencia uma economia circular do investimento social, cuja prática fertiliza um desenvolvimento comunitário mais sustentável, justo e inclusivo.
Como prática potencializadora do Investimento Social Privado, o grantmaking é cada vez mais aderido pelo setor empresarial, seja a nível global ou nacional. Sua aderência reflete, por exemplo, a disseminação de editais que fomentam projetos de todas as regiões do Brasil.
Neste sentido, a Incentiv.me auxilia empresas todos os dias a praticar o grantmaking através da destinação de incentivos fiscais diretamente para projetos sociais já existentes e aprovados nas mais diversas leis de incentivo. Para saber mais, clique aqui e conheça os nossos serviços.
Sofia Rodrigues Analista de Prospecção na Incentiv.me Graduanda em Antropologia pela UFSC e curiosa pelas áreas de cinema, fotografia, comunicação e curadoria.